Estamos no Abril Azul, um mês alusivo à conscientização e à difusão de conhecimento sobre o autismo. Pensando nisso, o Medplex Sul preparou um conteúdo especial sobre uma das principais preocupações de pais de autistas: a seletividade alimentar. Você já ouviu falar desta dificuldade? Acompanhe este blogpost e saiba como lidar com essa situação.
A seletividade alimentar
A seletividade alimentar, como o próprio nome já diz, trata da dificuldade que algumas pessoas com autismo apresentam na hora de se alimentar, especialmente na infância. O apego à rotina, os comportamentos repetitivos e as dificuldades sensoriais fazem com que esse distúrbio afete ao menos 67% das crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), segundo uma pesquisa da Universidade de Massachusetts.
Entre os fatores de seletividade alimentar mais relevantes estão a textura, a aparência, o sabor, o cheiro e a temperatura da comida, ou seja, há um excesso de estímulos sensoriais que fazem com que as crianças tenham uma experiência negativa, rejeitando alguns alimentos.
Tratamento da seletividade
Por se tratar do problema de alimentação mais comum entre as crianças autistas, é fundamental que seja aplicado o tratamento adequado, sempre com o apoio da família. Segundo a Dra. Daniela Schuh, nutricionista pediátrica que atende no Medplex Sul: “é importante que os médicos e a família busquem tratamento para seletividade nas crianças com TEA, pois isso pode levar a deficiências de nutrientes (por exemplo, cálcio e proteína) importantes para o funcionamento saudável do cérebro”.
Portanto, o tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, com nutricionistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, médicos e fonoaudiólogos. Além disso, é importante ressaltar que ele é longo, demandando muita dedicação e comprometimento da família.
Em geral, o início se dá com a familiarização do alimento pela criança, isto é, ver, tocar, cheirar e tolerar a presença do alimento à mesa. Outra estratégia a ser utilizada é ofertar o alimento de forma mais interessante. Além disso, não se deve forçá-la a comer, mas, sim, oferecer variadas opções para que a própria criança se sirva. Assim, aos poucos, elas se sentem aptas e interessadas em provar comidas diferentes.
Esperamos que você tenha gostado deste blogpost. Caso queira conhecer com maior aprofundamento a questão da seletividade alimentar, a nossa especialista, Dra. Daniela Schuh, indicou um artigo científico específico sobre o tema. Clique aqui para acessar o material. Para mais conteúdos como este, continue acompanhando o blog do Medplex Sul.
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